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Júlio Flores: "Se prefeito fosse, teria colocado desde o início a vida acima do lucro".

Atualizado: 2 de fev. de 2022

Seguindo a série de resposta as perguntas enviadas por Glasnost aos candidatos e candidatas a prefeitura de Porto Alegre recebemos as respostas do candidato do PSTU, Júlio Flores.


1. Diante do caso do candidato do Progressistas e vice-prefeito de Porto Alegre Gustavo Paim(PP) e sua vice Carmen Santos (Avante), quais os cuidados que você, como candidato está tomando para não se contaminar e contaminar as pessoas que estão em suas equipes de campanha?


Eu, Júlio Flores, primeiramente gostaria de cumprimentar o site Glasnost pela iniciativa. Faço parte do grupo de risco por estar acima dos 60 anos de idade. Pela questão pessoal já tenho uma grande preocupação com a contaminação pela COVID-19. Por ser humanista, então, me preocupo com a contaminação de pessoas próximas de mim. Tenho usado máscara constantemente, álcool em gel, e sou praticante do distanciamento social. Inclusive, a minha campanha de rua tem sido um pouco prejudicada, pois evito ter muita exposição na rua, e mais ainda em lugares fechados com aglomerações. Busco seguir todos os protocolos e sou entusiasta das recomendações e cautela dos profissionais de saúde e sanitaristas.


2. Quais os cuidados que estão tomando para que os cabos eleitorais de sua campanha não sejam propagadores do vírus? (Caso tenha algum material de orientação direcionado aos apoiadores, ou alguma normativa de campanha com a finalidade de orientar sobre os procedimentos adequados de campanha em época de pandemia e quiser compartilhar, teríamos muito gosto em divulgar) 


O PSTU tem uma orientação nacional desde o início da pandemia que busca salvaguardar a militância de qualquer exposição desnecessária. Nós, do PSTU, não contratamos gente para trabalhar. Nossa campanha é feita a partir do quadro de militantes e simpatizantes de nossas candidaturas. Por isso, a orientação nacional dá conta de como os militantes devem proceder para não se contaminarem e, mais ainda, para propagarem o vírus. Nossas reuniões e atividades que dispensem o contato estão sendo realizadas a distância, em plataformas online, desde o mês de março. E assim será até termos segurança de que as pessoas não estejam correndo riscos sem necessidade.


3. Se Prefeito fosse, o que faria?


Se prefeito fosse, teria colocado desde o início a vida acima do lucro. Teria garantido um lockdown de fato na cidade. Teria suspendido toda e qualquer atividade que não tivesse a ver com atividade essencial (saúde, alimentação e pouca coisa mais). Afinal, a vida não se recupera e o resultado positivo da economia não necessariamente depende de você ter saído de casa para trabalhar. Garantiríamos renda, salário e emprego paras todos.


Você deve se perguntar de onde tirariam o dinheiro. É mentira que o Brasil não tem dinheiro para empregos, auxílio emergencial, obras públicas, saúde, educação e moradia. Assim como é falso o deficit alegado por Marchezan na Prefeitura. O Brasil é um país rico, mas com uma das maiores desigualdades sociais do planeta.


Mas se engana quem acredita na choradeira dos capitalistas sobre os altos impostos que tem que pagar. Quem paga imposto no Brasil são os trabalhadores, descontados já no contracheque, e o povo pobre em geral, pois a maior parte do que é arrecadado é no consumo. Já os ricos têm inúmeras vantagens por parte dos governos, como isenções, desonerações, incentivos fiscais. E o pouco que teriam que pagar sonegam, e são presenteados periodicamente com refinanciamentos (REFIS) de pai para filho, com taxas baixíssimas a serem pagas em décadas. Entre outras coisas queremos:

  • Lutar pelas perdas da Lei Kandir e maior repasse federal e estadual aos municípios;

  • Suspensão da dívida pública com auditoria;

  • Confisco de 40% das grandes fortunas e suspensão da remessa de lucros ao exterior;

  • Controle do orçamento pelos Conselhos Populares;

  • IPTU fortemente progressivo, vinculado à renda e não só ao valor da propriedade;

  • ISSQN: rever as atuais alíquotas para penalizar as maiores rendas.


4. Concorda com as medidas de flexibilização tomadas recentemente pelo Prefeito Nelson Marchezan Júnior? Caso não concorde quais medidas diferentes tomaria (Justifique)?


Sou expressamente contrário as medidas de flexibilização tomadas por Marchezan. O prefeito, assim como Bolsonaro, nunca fez um lockdown de fato. Aceitou a pressão dos patrões, abriu o comércio não essencial em meio a alta ocupação de leitos de UTIs, colocando em risco a vida das pessoas. E, agora, está forçando a reabertura das escolas.


Meu governo adiaria toda e qualquer abertura até que tivéssemos segurança quanto a segurança e garantia de saúde e vida da população porto alegrense. Teríamos o máximo de transparência nas informações a respeito da propagação do novo coronavírus, com dados sobre a cor, raça, idade, gênero e sexualidade dos contaminados e mortos por COVID-19.


Forneceríamos kits gratuitos de alimentação, medicamentos e produtos de higiene pessoal, tais como sabão, creme dental, papel higiênico, álcool em gel para todos os moradores das periferias, ocupações e favelas, bem como para as comunidades indígenas e quilombolas, além de testagem de COVID-19 em massa para todo a população. Além disso, faríamos o máximo para adquirir uma vacina para vacinar a todos.


Agradecemos a pronta resposta e o gesto de consideração do candidato Júlio Flores e, a medida que as demais respostas forem chegando iremos compartilhar com os nossos leitores.


Após findada a publicação de todas as respostas que recebermos faremos um comentário com nossas impressões a respeito das mesmas.


*Publicação original do site Glasnost

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